Resultado: o movimento no Cinco Estrelas minguou. Os produtos encalharam nas prateleiras. Há poucos dias, Jailson jogou fora R$ 8,5 mil em mercadorias vencidas. Já não consegue pagar em dia a conta de telefone e o aluguel das máquinas de cartão de crédito e débito. Está com o nome negativado. "O movimento aqui caiu 99%", calcula Jailson, que estava construindo uma pequena pousada ao lado do mercado. Suspendeu a obra por falta de recursos e de qualquer perspectiva de hóspedes por lá. "Minha irmã tinha uma lanchonete aqui e fechou. É tudo muito triste", observa. Depressão econômica O distrito de Enseada vive hoje o que se pode chamar de depressão econômica - uma combinação perversa de desemprego, falência de pequenos negócios e quase nenhum dinheiro circulando pela localidade. Perto dali, na agradável São Roque do Paraguaçu, o drama é bem parecido. Que o diga o empresário Manoel dos Santos, conhecido na região como Bira, proprietário de uma padaria e da pousada Ponto 10 - com 27 apartamentos e considerada uma das melhores da localidade. No pico das obras de construção do estaleiro, que mobilizou mais de 7,2 mil trabalhadores, a pousada chegou a fornecer duas mil refeições por dia. A ocupação chegava a 100%. Na última quarta-feira, apenas um quarto estava ocupado. Pior: o empreendimento está sendo ampliado. Vai ganhar mais 74 apartamentos.