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Menina de 11 anos estuprada pelo padrasto dá à luz no Paraguai

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

/ Por: PORTAL JAGUARIPE

Imagem meramente ilustrativa

Uma menina de 11 anos que foi estuprada por seu padrasto deu à luz depois que as autoridades do Paraguai rejeitaram a interrupção da gravidez, apesar da pressão internacional.O caso provocou comoção em todo o mundo, com o pedido de várias organizações humanitárias que argumentavam que a vida da menina, que tem 1,39 m e pesava 34 kg no início da gravidez, corre risco.Também gerou um intenso debate na sociedade paraguaia entre os defensores do aborto "pelo estupro" e os contrários à interrupção da gravidez - num país cuja Constituição proíbe o procedimento, salvo em casos de risco de morte para a mãe.Contudo, o governo, a Justiça e a Igreja Católica e outros grupos civis expressaram sua forte oposição ao aborto, evocando, entre outras razões, o estado avançado da gravidez.A menina de 10 anos, grávida após o estupro de seu padrasto, ficou sob a proteção de um hospital e sob a supervisão de médicos, psicólogos e psiquiatras e sob observação do ministério da Saúde.O padrasto, Gilberto Zarate Benitez, 42 anos, foi declarado foragido da justiça e a mãe da menina está detida no presídio feminino, acusada de obstrução da investigação judicial por tentar esconder o parceiro.A menor compartilhava uma ala reservada a meninas-mães com outras cinco adolescentes, de 13, 14 e 16 anos, que esperam ou já tiveram seu bebê.Recentemente, o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) manifestou sua preocupação com a vulnerabilidade das meninas paraguaias que sofrem abuso sexual."No Paraguai, todos os dias duas meninas com idades entre 10 e 14 anos dão à luz. Estes casos resultam de abuso sexual e, na maioria das situações, de abuso sexual repetido pelo qual as vítimas não receberam a devida proteção", afirmou à AFP Andrea Cid, responsável pela proteção de crianças do Unicef.A especialista revelou que cerca de 650 meninas com idades entre 10 e 14 deram à luz em 2014 e outras 20.000 jovens com idades compreendidas entre 15 e 19 enfrentaram gravidezes no mesmo período.
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