Todos os dez mandados de prisão são temporários, ou seja, têm validade de cinco dias. Eles foram levados de Minaçu, no norte de Goiás, para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
A operação, denominada Bonifrate, cumpriu ainda outros quatro mandados de condução coercitiva e 11 de busca e apreensão. Após buscas feitas na prefeitura e em empresas suspeitas de envolvimento no esquema, foram recolhidos computadores, documentos e até mesmo uma arma de fogo.
Em entrevista à Rádio CBN Goiânia, o coordenador do Centro de Segurança Institucional e Inteligência do MP, promotor de Justiça José Carlos Nery, explicou como funcionavam as fraudes"Basicamente, girava em torno de desvio de verbas de públicas através de empresa laranjas ou de contratos e licitações direcionadas. Muitas dessas empresas eram ligadas a pessoas próximas ou ao próprio prefeito", detalha.
Nery afirma ainda que a investigação começou há mais de um ano, mas os documentos ainda serão analisados para datar corretamente o início dos crimes. Ainda não há um valor estimado do prejuízo causado, mas já se sabe que as fraudes ocorreram em várias áreas.
"Eram contratos de diversos tipos, maiores e menores. Prestação de serviço, realização do carnaval na cidade e obras no município", enumera o promotor.