A pauta do encontro foi a grave crise financeira enfrentada pela instituição Com uma dívida que já ultrapassa os R$ 7 milhões devido à crise e ao subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS), a Santa Casa de Misericórdia de Valença, representada pelo Provedor Marcelo Dantas Cabral, se reuniu nesta terça-feira (02) com o Ministro da Saúde, Ricardo Barros. O encontro é um marco importante na luta para manter a Santa Casa funcionando e o pleito agora precisa ser aprovado pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e pela Comissão Intergestores Regionais (CIR) para uma posterior avaliação do Ministro. Durante a reunião, Marcelo Cabral apresentou importantes indicadores, demonstrando a real situação da instituição filantrópica, tendo como objetivo solicitar incentivo financeiro para cobrir o déficit que atualmente alcança o valor de R$ 200 mil mensais e tem sido gerado pelo subfinanciamento do SUS. A Santa Casa de Valença hoje recebe pacientes de mais de 40 municípios do Baixo Sul e região, sendo referência em atendimento e corre o risco de suspender serviços essenciais frente à crise. O cenário se repete em outros hospitais filantrópicos baianos, que se uniram na campanha “SOS Saúde da Bahia” como um pedido de ajuda para a solução dos problemas enfrentados. Participaram da reunião também o Deputado Federal José Carlos Aleluia, o Presidente da Câmara de Vereadores de Valença Agostinho Júnior e o Gestor Administrativo da Santa Casa Márcio Lima. 
SOS Saúde da Bahia – Diversas entidades filantrópicas, em especial as 100% SUS, correm o risco de suspender serviços essenciais devido ao subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e aos atrasos nos repasses. Diante dessa realidade e da crise nacional sem precedentes, as Santas Casas de Misericórdia de Valença, Nazaré e Cruz das Almas e o Hospital da Criança Martagão Gesteira lançaram, em conjunto, a campanha “SOS Saúde da Bahia” nas redes sociais com um pedido de ajuda para que os valores repassados pelo SUS cubram o custo dos procedimentos realizados, assegurando à população o direito à saúde pública e de qualidade. Uniram-se a eles, posteriormente, as Santas Casas da Bahia, Itabuna, Feira de Santana, Poções, Vitória da Conquista, Campo Formoso, além do Instituto IBR e da Federação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado da Bahia (FESFBA). Eles representam uma amostra significativa dos 64 hospitais filantrópicos do estado, que também vivenciam a crise. Hoje, com a defasagem existente, as contas entre receita e despesa não fecham e o resultado é endividamento, demissões e atrasos de pagamento. Nos últimos 10 anos, 48 Santas Casas fecharam as suas portas no estado. O déficit total de todas as Santas Casas da Bahia soma R$ 1 bilhão.
