Nesta sexta feira (16), o promotor de Justiça e Meio Ambiente, Dr. Julimar Barreto, foi entrevistado pela Andaiá e ressaltou sobre o evento com tema das problemáticas que envolve agrotóxicos, na Secretaria de Meio Ambiente em Santo Antônio de Jesus. É um tema que deve ser questionado, pois graves problemas de saúde da população são devidos a falta de cuidados, falta de informações ou negligência dos agricultores, “As pessoas estão sendo envenenadas dia a dia, e muitas vezes não tem outras alternativas como produtos orgânico. Aqui em Santo Antônio de Jesus não há nenhum estabelecimento que vende produtos com essa qualidade, o consumidor não tem garantias. Estamos lutando para que se faça um ponto de início na feira livre com produtos orgânicos para que o consumidor tenha acesso, mesmo que pague um pouco mais caro”, declarou.
Dr. Julimar relatou sobre a quantidade de pessoas que se intoxicam ou tem doenças como o câncer por causa desses alimentos, “devemos mostrar esses dados para a população, para que mudemos esta situação. Percebemos que há uma dificuldade dos agricultores de participar de eventos como esses para adquirir informação, mas também há uma falta de interesse muito grande da parte de outros. Eu mesmo fui nos meios de comunicação para convidar os agricultores e poucos vieram. Por isso eu digo, nós vamos aplicar a lei, e quem estiver usando agrotóxicos de modo ilegal, poderá ser preso e processado. Ele está se envenenando e envenenando os consumidores, já há muitos produtores que estão sendo processados por utilizar agrotóxicos de forma inapropriada, pela falta de conhecimento ou de interesse. Vamos trabalhar com a publicação dessas informações, mas também aplicado a lei com repressão”. O promotor Julimar disse também, que em janeiro de 2017, irá para a prefeitura para discutir com o futuro gestor do município sobre comida orgânica na merenda escolar de Santo Antônio de Jesus, “vou solicitar, apenas o consumo de produtos orgânicos, sem veneno, para os alunos. Incentivar que o agricultor produza sem uso de veneno como ocorre atualmente, para que nossas crianças não tenham um produto de qualidade nas escolas”, concluiu.
Voz da Bahia