O presidente russo Vladimir Putin assinou nesta sexta-feira (4) uma lei que estabelece penas de prisão severas para quem publicar "notícias falsas" sobre as Forças Armadas, na linha de frente da invasão da Ucrânia pela Rússia.
O texto, votado pouco antes pelos deputados, também pretende punir "os apelos à imposição de sanções contra a Rússia", confrontada com duras medidas econômicas do Ocidente.
Os deputados da Câmara Baixa do Parlamento russo (a Duma) aprovaram por unanimidade a emenda, que prevê penas de até 15 anos de prisão no caso de serem divulgadas informações que busquem "desacreditar" as Forças Armadas.
Esse texto, que se aplica tanto à mídia quanto aos indivíduos, foi aprovado pela Câmara Alta ainda na noite desta sexta-feira.
Em um sinal da importância dessa questão para Moscou, a presidente da Câmara Alta do Parlamento, Valentina Matvienko, acusou o Ocidente de lançar "uma guerra de informação contra a Rússia sem precedentes em sua amplitude e agressividade".
A medida foi sancionada por Putin no mesmo dia em que o Facebook foi bloqueado na Rússia. Segundo o Roskomnadzor, órgão regulador das comunicações na Rússia, a rede social "discrimina" os meios de comunicação do país.