O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, reúnem-se nesta quinta-feira (14) pela primeira vez para tentar estabelecer um diálogo sobre a disputa pelo território de Essequibo.
Realizada no país caribenho de São Vicente e Granadinas, a reunião acontece após o aumento da tensão na disputa regional, agravada pelo plebiscito promovido pelo regime venezuelano em 3 de dezembro.
Na votação, em que as cinco questões favoreciam uma resposta simpática aos interesses de Caracas, 96% dos eleitores teriam votado favoravelmente à criação de um novo estado em Essequibo e da concessão de nacionalidade venezuelana aos 125 mil habitantes da região.
Dois dias antes do plebiscito, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) exortou a Venezuela a não anexar o território. O guianense Ali tem dito é que a CIJ a responsável por “decidir a controvérsia sobre as fronteiras entre Guiana e Venezuela”. “Nos mantemos firmes nesta questão”, escreveu ele em redes sociais.
“Venho aqui para buscar, pela única via possível, o caminho do diálogo e da negociação, soluções efetivas”, disse Maduro à imprensa ao chegar a Kingstown, a capital de São Vicente e Granadinas.